email contacto: awgaliza83@gmail.com

Revista MOÇARABIA (2001-2002, 2021)

BREVE HISTÓRIA DE MOÇARABIA (REVISTA GALEGO-PORTUGUESA DE INVESTIGAÇOM HISTÓRICA E FILOLÓGICA, 2001-2002 e 2021).

 



Nascia a revista Moçarabia, no Lugo de 2001, da mão doutro projecto não menos otimista chamado Edições, Promotora e Tradutora Inês de Castro, coa ideia de fornecer o mundo cultural galego-português, debalado pola presença monopolística da oficialidade das Faculdades de Santiago e Corunha, assim como o território do associacionismo cultural, submetido aos interesses políticos e estratégicos da “política cultural” dos partidos á sombra.

O conceito e objectivo era resgatarmos ensaios próprios para uma primacia da investigação por si mesma, afastando-a da mediocridade do ambiente cultural e metapolítico das instituições (Universidades, Conselhos de Cultura, Fundações, associações oficialistas e demais carreiras de “ascenso curricular”…e de “caché”) galegas, mesmo aínda mais arredradas se couber, da qualidade singular investigadora que se podiam exercer noutros ambientes de Espanha e Portugal. Uma paisagem desassossegada para uma vissão sustitutória se calhar, demasiado arriscada e ingénua, dado o trabalho gigantesco, mesmo geracional, no que nos embarcábamos.

Mesmo assim, o projecto da Moçarabia não partia de zero. Nas épocas universitárias compostelãs já começara os seus trabalhos, no eido da medievalística, o Equipo Revisionista Afonso X (ERA, 1986-1990), com ciclos de palestras, cartazes, apresentações e o seu boletim-revista Cadernos de Dom Afonso (cinco números publicados, de 0 a 4, 1988-1990). Novos licenciados, novos folgos e ilusões que rematariam em obras e investigações de maior calibre.

Se no ERA, catedráticos como o Dr. Luís Monteagudo ou o Dr. X. Ramón Barreiro Fernández (ambos falecidos não há muito) apoiávam-nos nesses primeiros roteiros, não foi menos o alento do Dr. Jaime Ferreiro Alemparte (germanista e medievista, especializado no século XIII hispânico e europeu) e a continuidade de L. Monteagudo nesta segunda jeira do caminho que foi finalmente Moçarabia, revista con ISSN e só para suscritores com especial interesse, sensibilidade e perspectiva de sincero combate cultural e intelectual.

 

Os números e conteúdos de Moçarabia som os que seguem:

 

MOÇARABIA nº 1. Revista galego-portuguesa de investigaçom histórica e filológica. I. 2001. Afonso X e os judeus: o manejo histórico (José-Carlos Ríos Camacho Iglésias). Reparamos no staff da revista: Presidente de Honor póstumo: D. Jaime Ferreiro Alemparte. Co-direcçom: M. Vigo e Xosé-Carlos Rios Camacho Iglésias. Colaboradores: Claudio Mutti, Yasín Trigo, Luís Monteagudo, Salama Chacón. Dép. Legal: LU-191-01. ISSN: 1577-8738. 15 páginas.

Algúns comentários na equipa conformadora dos temas que queríamos desenvolver seriam a certeza de encetar a andaina desde o século XIII, em resalte o reinado de Afonso X, dada a singularidade desse rei e a impronta que deixou no próprio reino e a sua conexão com o Sacro Império romano-germánico. Os aportes de Claudio Mutti (a sua equipa de redactores de Edizioni all'Insegna del Veltro e a documentação imperial afonsina achegada por D. Jaime Ferreiro foi mais que indispensável). Estariam aínda por elaborar dous trabalhos que ficarom no tinteiro, embora aínda retidos hoje como borradores avançados: “Análises de textos internacionais do rei Sábio” e a “Catalogação de documentos do período afonsino co Reino da Galiza”.

Relativo ao texto em questão da elite judía com o rei, dito texto foi apresentado num congreso de medievística que tivo a sorte aguardada. Apontamos neste número:

 

“É de salientar como despois de umha boa acolhida do nosso trabalho nos média –podemo-lo observar neste comentário da Voz de Galicia 10/10/1991-, a nossa comunicaçom “Alfonso X y los judíos: su manipulación histórica” nunca veria a luz (até hoje), despois de também ter falado por telefone com o próprio coordinador do Comité científico do Congreso Internacional Judíos y Conversos en la Historia sobre a necessidade de ser traduzido o trabalho para o galego com preferência e asim poder publicá-lo. Finalmente Afonso X e o hebreus nunca sairiam à luz pública pos causas ainda desconhecidas quando forom publicadas as ponências anos despois. Mesmo assim podemos supor alguns porquês”.

 

Como remate destes comentários, anotamos uma versão ao castelão deste ensaio-artigo mentado num enlace actualizado: https://elblogdelgrupodearte.blogspot.com/2020/10/alfonso-x-y-los-judios-su-manipulacion.html

 

MOÇARABIA nº 2-3. Revista galego-portuguesa de investigaçom histórica e filológica. II. 2002. Pré-hístória da Gallaecia. Idades da Pedra e do Metal (Xosé-Carlos Ríos Camacho Iglésias). É uma Pré-história Cronolóxica da Gallaecia. Idades da Pedra e do Metal que fazia parte de um projecto de maior envergadura que abrangeria a dita Pré-história, Idade Antiga, Idade Medieval e Idade Moderna, deixando a Contemporánea para otros historiadores que a quigeram rematar. Esta “História Cronolóxica da Gallaecia” chegou redigida até o século X (isto é, Idade Média desde o século V até o mesmo X), sendo o texto definitivamente concluído de toda a Idade Antiga. Todo o comentado, aínda hoje sem publicar…

Achegamos para este artigo de informação sobre Moçarabia o Cadro cronolóxico da Pré-história da Gallaecia, que engadimos ao texto deste especial número 2-3 (33 páginas). Apontamos igualmente o texto “Limiar e Xustificazón” de introduzón a esta Pré-história cronolóxica, onde a ajuda do Dr. Luís Monteagudo foi esencial.

 

MOÇARABIA nº 4. Revista galego-portuguesa de investigação histórica e filológica. III. 2021. Celticidade e Islão (Primeira parte, edição em bilingüe, galego-português e castelhano) (Dr. José-Carlos Rios Camacho). O staff mudou neste número: Presidente de Honor póstumo: Dr. Jaime Ferreiro Alemparte. Coordenação: Çidi Mahomat Abrahim Bosch Ramon, Dr. J.-Carlos Rios Camacho. 21 páginas.

Case vinte anos depois, e fazendo parte de uma série de trabalhos Gallaecia-Islão (“A prática dos Hadra e a sua relação com a sociedade antiga” -1999, revista A Mesquita nº 4- e “Antropología comparada e música tradicional dos povos berbere e galego-português. Um achegamento cultural entre o Ocidente, o Pré-Islão e o Islão norteafricano” -2011, revista digital Mirabilia nº 13, enlace á vista: https://raco.cat/index.php/Mirabilia/article/view/283122  e

Chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/viewer.html?pdfurl=https%3A%2F%2Fwww.revistamirabilia.com%2Fsites%2Fdefault%2Ffiles%2Fpdfs%2F2011_02_04.pdf&clen=202100&chunk=true -), a coordenação com o novo co-responsável de Moçarabia, Çidi Mahomat Abrahim Bosch Ramon, faria possível uma nova etapa onde os escritos do mesmo que assina, volveriam a ser publicados e lidos, mas só para os antigos e novos suscritores da revista na sua IIIª etapa.

As suscrições estariam centralizadas agora no correio electrónico do Taller de Estudios Mozárabes e Hispano-visigodos (TEMHV): tallerestudiosmoz2@gmail.com

E no perfil de Facebook “Carlos Rios-TEMHV”: https://www.facebook.com/TEMHV/

A ideia é e será sempre trabalhar, investigar, dar a conhecer uma visão da história não contemporânea, diferente, nova dialética historiográfica de consequências culturais a longo prazo (sem dúvida!), dada a debate se calhar, mas sempre rigorosa nos seus médios e métodos de investigação. Para isso estava e já está de novo, Moçarabia.

 

Dr. J. Carlos Rios, coordenador da revista Moçarabia.



 ______________________________________________



LIMIAR E XUSTIFICAZÓN

(Revista MOÇARABIA, Nº 2-3, 2002)

            A obra que agora descobren os fiéis leitores de MOÇARABIA non é mais que unha peza artellada e traballada dun prédio e proxecto chamado História cronolóxica da Gallaecia que deberia abranxer desde o início dos tempos pré-históricos até a actualidade. Levamos xa muito tempo traballando e tirando veraos literalmente “monasteriais” para rematar unha obra que ainda levará mais anos dos pronosticados para ver esa luz de publicazón íntegra que todos desexamos. Como o tempo non perdoa quixemos tamén aventurar-nos a tirar parcialmente parte dese grande atrevimento noso e a decisón final foi a de amostrar a un público concreto a Pré-História Cronolóxica da Gallaecia. Idades da Pedra e do Metal, ese primeiro grande capítulo absolutamente necesário para perceber unha nova historiografia galeciana e intra-história que irresistibelmente nos domina. Non pudemos resistir a tentazón de ligar co nominalismo historiográfico dos nosos mestres ao denominar tan certera como sensibelmente á Pré-História como unha Idade de Pedra e Metal, eses materiais tan vivos no noso inconsciente como pode ser outra criazón da Natureza humana, animal ou vexetal...
            Asi como en toda a completa obra que contextualiza á nosa a Pré-História Cronolóxica da Gallaecia a metodoloxia de historiar e historiografiar nesta primeira peza foi ampla, modernizada e posta ao dia, ao tempo que revisamos toda a historiografia clásica galego-portuguesa, asturiana, leonesa e castellana duriense para tirar dela conceitos, dados e sobretodo amplitude máxima de horizonte epistemolóxico tan necesário hoxe, cando a oficialidade do histórico conxela e petrifica todo o que se soe sair de certos cánones pré-estabelecidos. Non tivemos medo a iso, mas si ao rigor e sistemática científica que debe sempre dirixir todo traballo que se intitule de investigazón, mesmo sexa especializado, como neste caso de história xeral, ese paradóxico campo tan especial  como menospreciado en determinados ámbitos universitários.
            Arqueoloxia, filoloxia, história da Arte, antropoloxia cultural ou física, xeoloxia, mitoloxia-relixión, xeografia e bio-climática, física ou interpretazóns hermenéuticas da História dan-se cita neste de momento traballo parcial da História da Gallaecia, sabemos que exposta de forma cronolóxica[1] porque tamén apostamos por un certo eruditismo de tintes alcanzábeis ao público culto ou semi-culto, un esforzo mais por facer mais extensíbel os coñecimentos históricos e aclarazóns cronolóxicas a alunos de últimos anos de ensino médio e primeiro ciclo de Universidade. Veremos o resultados aclaratórios e alternativos ao xélido oficialismo de muitos Departamentos do Establishment intelectual, mas por encanto apostaremos por un certo atrevimento á par que unha sincera humildade cabaleiresca só determinada polos limites dos nosos próprios esforzos e capacidades.
            Quixera finalmente agradecer aos profesores que sempre me animaron neste plano de traballo case enciclopédico, alguns deles xa finados (D. Jaime Ferreiro Alemparte, sempre na memória) e outros que co seu peculiar espírito de historiadores de nobre ofício sempre axudaron directa ou indirectamente cos seus consellos e apreciazóns sempre certeiras, especialmente o Doutor D. Luís Monteagudo e o meu querido amigo e paisano Doutor e Catedrático D. Jorge Eiroa. Eles, a miña por doquier esposa de labor familiar e intelectual, profesora Macarena Vigo Fontes, e para rematar pero non por iso dedicatória secundária, obrigar-me para os meus alunos de Bacharelato desta Galiza que ainda ten muito que dicer ao Mundo, a Europa e a nós mesmos.
        Esta obra e primeiro capítulo dun traballo mais extenso que perseguimos, é un sillar mais de granito que cumpre colocar nese muro por alguns aínda descoñecido chamado Memória colectiva dunha Gallaecia extensa, ampla, atlántica, galega á par que leonesa, cántabro-astur, portuguesa ou castellana norteña, unha coluna de Hércules tan presente na heráldica española como esquecida na simboloxia galega, un bloque de civilizazón noratlántica que non ten por que se perder, e que se nós non queremos, perdurará se Deus quer, eternamente.

Xosé-Carlos Rios-Camacho Iglésias

Inverno do 2002, Costa da Morte. Gallaecia.



[1] Repararán vostés que desde o ano 2.000 de cronoloxia adc (antes de Cristo) en diante –non asi a de BP (before present)- a numeroloxia de anos apresenta-se sen pontualizazón (1900, 1250, etc), aspecto que si se contemplará en datas anteriores: 90.000, 32.000, etc. As cifras de cantidades ou matemáticas sempre posuirán a sua pontuazón correspondente.


_____________________________________________________


CADRO CRONOLÓXICO DA GALLAECIA. PRÉ-HISTÓRIA: IDADES DE PEDRA E METAL.




Este CADRO CRONOLÓXICO DA GALLAECIA, PRÉ-HISTÓRIA: IDADES DE PEDRA E METAL, fai parte do Capítulo I (Os Comezos da Civilizazón. Pré-História: Idades de Pedra e Metal (Cobre e Bronce) e da obra xeral HISTÓRIA CRONOLÓXICA DA GALLAECIA, da autoria de Xosé-Carlos Rios Camacho. 

____________________________________________________________________

REI AFONSO X O SÁBIO, VIIIº Centenário de seu nascimento (1221-1284)

AFONSO X O SÁBIO. Como é tema de historiografIa vencelhado à revista Moçarabia, eis algumas ligações deste assunto filológico-histórico. Neste VIIIº Centenário de seu nascimento (1221-1284) eis trabalhos: 


DIPLOMAS DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS EUROPEIAS DO REI AFONSO X. ESTUDOS FILOLÓGICO-HISTÓRICOS. Publicado em Revista Compostellanum (J. Carlos Rios Camacho) Volume LXVIII, números 1-2, Janeiro-Junho 2023, págs. 65-87. ISSN: 0573-2018. Dep. Legal: C-1681-2015.




ALFONSO X Y LOS JUDIOS: SU MANIPULACION HISTORICAhttps://elblogdelgrupodearte.blogspot.com/2020/10/alfonso-x-y-los-judios-su-manipulacion.html (J.- Carlos Rios Camacho). 

ALFONSO X EL SABIO, OCTAVO CENTENARIOhttps://gonzalorodriguez.info/alfonso-x-el-sabio/alhos do rei Sábio: (Gonzalo Rodríguez)

https://www.youtube.com/watch?v=adVoO3nMX2U&t=15s

Sobre o EQUIPO REVISIONISTA AFONSO X,  a sua história universitária: 
https://www.facebook.com/notes/925193247888989/

Artigo de J. Carlos Rios, “Y NOSOTROS, LOS DE ENTONCES, YA NO SOMOS LOS MISMOS”. Breve historia del Equipo Revisionista Afonso X: E.R.A. (1986-1990). Cumpre tambén um elnlace na página: Equipo/Equipa Revisionista Afonso X. “Y NOSOTROS, LOS DE ENTONCES, YA NO SOMOS LOS MISMOS”. – Arco de Herradura (wordpress.com) 





PERÍO


 

 

 

No hay comentarios:

Publicar un comentario

IMAGINATION / INTRODUCTION IN EDORAS

IMAGINATION / INTRODUCTION IN EDORAS

“¿Por qué nos gustan los cuentos de hadas otra vez y vamos con “El Silmarillion” debajo del brazo? Porque estos libros míticos, que realment...